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Mercado pecuário esteve em movimento de baixa em maio

No mercado de reposição, as negociações estiveram em bom ritmo



O mercado pecuário esteve em movimento de baixa em maio. Frigoríficos, especialmente os de maior porte, preencheram boa parte de suas escalas com animais de contrato e/ou de produção própria. Com isso, a procura no spot foi baixa e, mesmo em praças onde pecuaristas tentaram resistir aos preços ofertados por terem pastagens em boas condições, os valores recuaram. No acumulado de maio, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/ESALQ caiu 4%, fechando a R$ 306,10/@ no dia 30. A tendência foi a mesma para as demais regiões acompanhadas pelo Cepea, sendo a maior queda observada no Noroeste do Paraná, de 8,6% no mês. Em Goiânia (GO), onde colaboradores apontaram oferta ainda limitada de animais e a resistência dos produtores na hora de vender os lotes prontos, a queda foi a menor dentre as regiões, de 3,4%.

No mercado de reposição, as negociações estiveram em bom ritmo, com alto percentual de arremate nos leilões, indicando o otimismo de recriadores com a pecuária em curto e médio prazos.

No entanto, à medida que o boi gordo se desvaloriza, diminuiu o poder de compra dos pecuaristas recriadores e comprime a estimativa de margem.

Ao longo de 2025, mês a mês, a relação de troca tem piorado para quem faz a recria, sendo necessárias mais arrobas de boi gordo para a compra de um bezerro. Em janeiro, a troca (de arrobas de boi de São Paulo por bezerros em Mato Groso do Sul) se dava com 8,11 arrobas; em abril, já eram necessárias 8,71, menos que as 9,05 arrobas de abril do ano ado. Mas, na média de maio, foram necessárias 9,47 arrobas de boi vendidas em SP para se comprar um bezerro em MS, ou seja, 16,9% a mais que em janeiro.

No mercado da carne, além da pressão vinda do mercado de animais para abate e do fragilizado poder de compra da população, a competitividade com as principais concorrentes – relação intensificada com a desvalorização da carne de frango por conta do caso de Influenza Aviária em uma granja no Rio Grande do Sul e consequente bloqueio de parte das exportações brasileiras – reforçou o movimento de queda nos preços da proteína bovina no atacado. A carcaça casada bovina recuou 6,6% na Grande São Paulo, cotada a R$ 21,58/kg no dia 30.

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